Geração Z e o Consumo

17/01/2020

A geração Z já é vista como um importante alvo de vendas. Segundo a ONU, a geração Z - nascidos no século XXI - superou os Millennials em 2019 e representa um quinto da força de trabalho mundial (além de representarem 32% da população mundial).

"O principal fator que diferencia a Geração Z dos Millennials é um elemento de autoconsciência, em vez do egocentrismo", comenta Marcie Merriman, diretora executiva da Ernst & Young, no relatório "Rise of gen Z: new challenge for retailers." O fato de serem bombardeados de informações à todo momento faz com que essa geração abrace causas (sociais, ambientais e culturais), lutem por ideais e valorizem autenticidade e engajamento. 


Estamos falando de uma geração que não conheceu o mundo sem smartphones e mídias sociais e que consomem informações numa velocidade estonteante.

Para a geração Z, a informação deve ser instantânea e sem embaraços.

Estudos recentes sugerem que os períodos de atenção da Geração Z diminuíram para cerca de oito segundos e que eles não conseguem se concentrar por um longo período de tempo em um mesmo assunto.

Os indivíduos da geração Z cresceram com a Internet, permitindo que buscassem qualquer assunto de sua escolha e aprendessem com pessoas que pensam igual à eles (Influencer digital). Um levatamento do Google revelou que 70% dos jovens da geração Z considera os youtubers como pessoas mais relevantes do que as celebridades convencionais, do cinema e da TV. Assim, o grande desafio do varejo (e antecipo que não é só do varejo) é entender as caractéristicas desse público, suas preferências (para elaboração de conteúdos assertivos) e principalmente quais influenciadores são mais importantes para eles. 

Apesar de considerarem os dispositivos móveis como o meio de navegação favorito, por possibilitar a mobilidade e agilidade característica dessa geração, eles também valorizam experiências de consumo em lojas físicas. O que torna essa geração conhecida como omnichannel.  

Gostam de experimentar o mundo, de viagens à produtos. Por esse motivo, apenas as compras online não atendem plenamente seus desejos de toque e gratificação instantânea.

O grande desafio para essa geração será equilibrar os desejos e disponibilidades instantâneas com os objetivos e visão de longo prazo, que requerem diferentes habilidades emocionais e comportamentais.

Você tem alguém da Geração Z em sua casa? Achou que os resultados levantados pelas pesquisas fazem sentido? Conte sua experiência. Vamos gostar de saber.

Camilla Magrini, economista, mestre em Economia Política pela PUC-SP, com experiência de 16 anos em finanças empresarial e sócia fundadora da CR Moving