Bolsos diferentes: porque e como separar as finanças da sua empresa das finanças pessoais
Ainda me lembro do meu primeiro dia de aula na faculdade. O professor entrou, se apresentou e começou a bater em seus bolsos, um de cada vez, dizendo: Esse é diferente desse!
Esse foi o meu primeiro ensinamento na aula de contabilidade básica. Os bolsos são diferentes, as despesas da empresa não se misturam com as despesas pessoais do empresário. Essa deveria ser a primeira aula para qualquer empreendedor também.
A má gestão financeira é responsável pela alta taxa de falência das pequenas empresas, juntamente com a falta de planejamento. Esse fato também nos foi ensinado em aula.
É muito comum nos depararmos com empresários com esses hábitos. Analisando os extratos bancários de nossos clientes, muitas vezes vemos pagamentos de despesas que nada tem a ver com a empresa. Há quem alega que é mais prático e rápido aproveitar o momento que está fazendo os pagamentos da empresa e incluir o boleto da escola do filho, programar no débito automático da conta da empresa o pagamento da conta de energia de casa ou pegar dinheiro no caixa da empresa para as despesas de lazer do final de semana.
Por que esse hábito é errado e pode ser nocivo para sua empresa? A princípio o pensamento pode ser: mas o dinheiro é meu de qualquer maneira e não há nada de mal em fazer isso. É aí que mora o perigo!
Fazendo desta maneira você perde o controle e noção da saúde financeira da sua empresa e das suas finanças pessoais.
O dinheiro da empresa é da empresa. Você deve sempre tratar seu negócio como uma instituição independente de você. Não é à toa que existe pessoa física e jurídica para fazer essa distinção.
Com a gestão separada das finanças pessoais do seu negócio você saberá com mais facilidade qual é o lucro real de sua empresa, os resultados de seus esforços e terá mais praticidade em fazer projeções e planos para o futuro.
Misturando os bolsos você também terá dificuldade em organizar o orçamento doméstico, pois não conseguirá mensurar qual é o valor exato da sua renda e adequar seu custo de vida à ela.
Para que isso não aconteça, estipule um valor adequado e realista para uma retirada mensal.
Tenha um pró-labore bem definido e se baseie nele para, consequentemente, organizar as finanças pessoais. Tenha contas correntes e cartões separados para você e sua empresa, crie planilhas e controles distintos também. Você verá como essa mudança de hábito será positiva para seu crescimento e prosperidade profissional e pessoal.
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Se está em processo de abertura de uma empresa, leia também o artigo como montar um negócio e boa sorte.
Vanessa Viana, contadora, pós graduada em Controladoria, com 14 anos de experiência contábil e financeira em grandes multinacionais e sócia da CR Moving.